quarta-feira, 2 de abril de 2008

Os judeus na Africa parte I

Os Novos Judeus Africanos
parte I


Mais e mais tribos do continente africano, declaram: "Somos judeus". Polemico?Ou o judaismo esta dentro dos que aceitam no de coraçao aberto e praticam a fé judaica?Os lamba na África do Sul, os ibo da Nigéria, os tutsi do Borundi dizem que são judeus. Eles seguem as prescrições da religião judaica e novas sinagogas de palha e barro, aparecem em muitos povoados africanos.O Estado de Israel os desconhece, mas dos Estados Unidos já foi enviado um Juizado Especial para convertê-los ao judaísmo. O chefe da comunidade judaica de Uganda, viajou a Jerusalém para estudar e receber o título de rabino.Israel teme uma invasão africana que possa inundar o país.

A África em certos agrestes esta passando por um processo de aproximação do judaísmo e em diversos lugares do Continente, tribos descobrem suas raízes judaicas. O fenômeno não é novo, mas a novidade está na quantidade, não se fala em comunidades de algumas centenas, porém tribos de dezenas de milhares!.A tribo lamba da África do Sul e do Zimbabwe, tem uma população de 10 milhões de pessoas e se só uma pequena parte deles declarasse que são de origem judaica, seria uma grande quantidade de pessoas. Zeler, que pertence a uma instituição judaica americana que dá apoio à tribo lamba e que criou fundos de ajuda para as instituições culturais e fortalecem o contato com o judaísmo, sustentam que neste momento se fala "só" de mais de 10.000 pessoas.

Na Nigeria, existem cerca de 9 pequenas comunidades, todas que não apenas praticam o judaismo,mas em suas vidas simples, resistem a islamização e aos missionarios cristãos com suas ajudas humanitarias...

Outra historia é a respeito da tribo ibo, da Nigéria, tem uma população de 40 milhões de pessoas e a quarta parte deles crê que são de origem judia,mas não necessariamente professam a fé judaica. Mas nos últimos anos, criaram-se dez novas sinagogas na Nigéria.Casebre simples, alguns de estuque(barro).Na tribo lamba, circuncidam os filhos varões que nascem no oitavo dia e não comem carne de porco. Também muitos de regioes agrestes e do grupo etnico Ibo, circuncidam os filhos varões no oitavo dia de nascimento.Os membros da organização judaica americana "Kulanu", dizem: "Se há alguém que tem um contato sagrado com o judaísmo, não devemos discutir com ele, mais ainda se se comportam como judeus. Aos nossos olhos, eles são judeus".

Muitos judeus americanos se emocionam ao ouvir falar destes judeus extraviados e estão dispostos a ajudá-los. Alguns outros apenas olham com estranheza e ressabiados por pensar que os que dizem se judeus, sejam aqui como na questao dos marranos ou em rincoes de Africa, desejam apenas é o direito de aliyá. De qualquer modo, a anos a propria historiografia e setores da comunidade judaica tem se aberto a ao menos escutar estas historias e a criticar ate mesmo quanto ao conservadorismo cultural da comunidade.Caso brasileiro o jornalista Henrique Veltman anos atras em viagem para descrever a historia dos descendentes de judeus na regiao amazonica,na serie "Os hebraicos da Amazonia", assunto que trataremos em artigo posterior,bem senão via comunidade, ao menos via a academia. Vide os estudos uspianos da historiadora judia Anita Novinsky a respeito dos marranos .Segundo ela, e com provas em pesquisas, o Brasil é o pais em que há mais descendentes de judeus direta ou indiretamente...Sao milhares ,muito além dos apenas 120 mil que perfazem a comunidade oficial.E destes ligaçoes nao apenas culturais ,mas religiosas, com maior ou menor grau de assimilacionismo

Aqui referente a questao em Africa,Yoav Yundav (os dois nomes são hebreus) é uma figura carismática, enérgica e ambiciosa de Uganda. Tem 23 filhos, "mas só dez são meus", diz "e os outros treze são adotados e a maioria deles não são judeus".Sara, que tem dez anos e é a menor de seus filhos adotados, espera ser recebida pela coletividade judaica, como membro dela. Mas isto não é tão seguro, pois a coletividade cria problemas para receber novos membros.Sara deverá demonstrar sua adesão ao judaísmo e terá que cumprir todas as prescrições da religião, leves e também as difíceis.Abraham Mugamba se recorda dos anos difíceis. "Judeu", gritavam zombando dele. Quando era menino, seus vizinhos maometanos lhe diziam: "Vocês mataram fulano. ..referindo se ao messias cristão".

Na época do governo de Idi Amin Dada (1972-1979), eles se viram obrigados a rezar às escondidas, as sinagogas foram fechadas e muitos judeus foram aprisionados. Como resultado dessas medidas, a comunidade judaica se encolheu, de milhares a algumas centenas. Seu pai lhe dizia: "Ainda que te matem, não deves deixar o judaísmo. Nós continuaremos sendo judeus, mesmo que isto nos custe a vida".Samy Kakongulo, lutador e líder, adotou junto com sua comunidade os costumes judeus depois de ler a Bíblia. A coletividade cuidava da Santificação do sábado, o abate dos animais, a circuncisão, a proibição dos casamentos mistos e adotaram o calendário hebreu. Coletividades judaicas no continente africano

Etiópia - 17.000
Quênia - 4.000
Uganda - 600
Nigéria - (alguns milhares)
Gana - (25 familias)
Zimbabwe - (8.000)
África do Sul - (70,000).

***Na Africa Magrebina ainda existem comunidades judaicas oficiais no Egito eTunisia, inclusive em Marrocos, onde um dos principais acessores do Rei Mohammed VI é judeu.

Armando Aguiar
Na galut carioca