Os Novos Judeus Africanos
parte I
Mais e mais tribos do continente africano, declaram: "Somos judeus". Polemico?Ou o judaismo esta dentro dos que aceitam no de coraçao aberto e praticam a fé judaica?Os lamba na África do Sul, os ibo da Nigéria, os tutsi do Borundi dizem que são judeus. Eles seguem as prescrições da religião judaica e novas sinagogas de palha e barro, aparecem em muitos povoados africanos.O Estado de Israel os desconhece, mas dos Estados Unidos já foi enviado um Juizado Especial para convertê-los ao judaísmo. O chefe da comunidade judaica de Uganda, viajou a Jerusalém para estudar e receber o título de rabino.Israel teme uma invasão africana que possa inundar o país.
A África em certos agrestes esta passando por um processo de aproximação do judaísmo e em diversos lugares do Continente, tribos descobrem suas raízes judaicas. O fenômeno não é novo, mas a novidade está na quantidade, não se fala em comunidades de algumas centenas, porém tribos de dezenas de milhares!.A tribo lamba da África do Sul e do Zimbabwe, tem uma população de 10 milhões de pessoas e se só uma pequena parte deles declarasse que são de origem judaica, seria uma grande quantidade de pessoas. Zeler, que pertence a uma instituição judaica americana que dá apoio à tribo lamba e que criou fundos de ajuda para as instituições culturais e fortalecem o contato com o judaísmo, sustentam que neste momento se fala "só" de mais de 10.000 pessoas.
Na Nigeria, existem cerca de 9 pequenas comunidades, todas que não apenas praticam o judaismo,mas em suas vidas simples, resistem a islamização e aos missionarios cristãos com suas ajudas humanitarias...
Outra historia é a respeito da tribo ibo, da Nigéria, tem uma população de 40 milhões de pessoas e a quarta parte deles crê que são de origem judia,mas não necessariamente professam a fé judaica. Mas nos últimos anos, criaram-se dez novas sinagogas na Nigéria.Casebre simples, alguns de estuque(barro).Na tribo lamba, circuncidam os filhos varões que nascem no oitavo dia e não comem carne de porco. Também muitos de regioes agrestes e do grupo etnico Ibo, circuncidam os filhos varões no oitavo dia de nascimento.Os membros da organização judaica americana "Kulanu", dizem: "Se há alguém que tem um contato sagrado com o judaísmo, não devemos discutir com ele, mais ainda se se comportam como judeus. Aos nossos olhos, eles são judeus".
Muitos judeus americanos se emocionam ao ouvir falar destes judeus extraviados e estão dispostos a ajudá-los. Alguns outros apenas olham com estranheza e ressabiados por pensar que os que dizem se judeus, sejam aqui como na questao dos marranos ou em rincoes de Africa, desejam apenas é o direito de aliyá. De qualquer modo, a anos a propria historiografia e setores da comunidade judaica tem se aberto a ao menos escutar estas historias e a criticar ate mesmo quanto ao conservadorismo cultural da comunidade.Caso brasileiro o jornalista Henrique Veltman anos atras em viagem para descrever a historia dos descendentes de judeus na regiao amazonica,na serie "Os hebraicos da Amazonia", assunto que trataremos em artigo posterior,bem senão via comunidade, ao menos via a academia. Vide os estudos uspianos da historiadora judia Anita Novinsky a respeito dos marranos .Segundo ela, e com provas em pesquisas, o Brasil é o pais em que há mais descendentes de judeus direta ou indiretamente...Sao milhares ,muito além dos apenas 120 mil que perfazem a comunidade oficial.E destes ligaçoes nao apenas culturais ,mas religiosas, com maior ou menor grau de assimilacionismo
Aqui referente a questao em Africa,Yoav Yundav (os dois nomes são hebreus) é uma figura carismática, enérgica e ambiciosa de Uganda. Tem 23 filhos, "mas só dez são meus", diz "e os outros treze são adotados e a maioria deles não são judeus".Sara, que tem dez anos e é a menor de seus filhos adotados, espera ser recebida pela coletividade judaica, como membro dela. Mas isto não é tão seguro, pois a coletividade cria problemas para receber novos membros.Sara deverá demonstrar sua adesão ao judaísmo e terá que cumprir todas as prescrições da religião, leves e também as difíceis.Abraham Mugamba se recorda dos anos difíceis. "Judeu", gritavam zombando dele. Quando era menino, seus vizinhos maometanos lhe diziam: "Vocês mataram fulano. ..referindo se ao messias cristão".
Na época do governo de Idi Amin Dada (1972-1979), eles se viram obrigados a rezar às escondidas, as sinagogas foram fechadas e muitos judeus foram aprisionados. Como resultado dessas medidas, a comunidade judaica se encolheu, de milhares a algumas centenas. Seu pai lhe dizia: "Ainda que te matem, não deves deixar o judaísmo. Nós continuaremos sendo judeus, mesmo que isto nos custe a vida".Samy Kakongulo, lutador e líder, adotou junto com sua comunidade os costumes judeus depois de ler a Bíblia. A coletividade cuidava da Santificação do sábado, o abate dos animais, a circuncisão, a proibição dos casamentos mistos e adotaram o calendário hebreu. Coletividades judaicas no continente africano
Etiópia - 17.000
Quênia - 4.000
Uganda - 600
Nigéria - (alguns milhares)
Gana - (25 familias)
Zimbabwe - (8.000)
África do Sul - (70,000).
***Na Africa Magrebina ainda existem comunidades judaicas oficiais no Egito eTunisia, inclusive em Marrocos, onde um dos principais acessores do Rei Mohammed VI é judeu.
Armando Aguiar
Na galut carioca
quarta-feira, 2 de abril de 2008
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2 comentários:
Armando
Sugiro a leitura do livro sobre a História dos Judeus no Brasil de Solidônio Leite Filho. O único inconveninete é que só é encontrável na Coleção Brasiliana da Biblioteca Nacional.
Gostei muito do blog.
PS: sou de origem sefaradi, com mais de 500 anos de Brasil.
Gostei do blog. Tenho lido sobre os marranos no nordeste brasileiro e é impressionante a presença da tradição judaica nessa região.
A propósito, estive em uma igreja católica, próxima ao Top Shopping, no município de Nova Iguaçu, e pude observar que os devotos colocam bilhetinhos na fresta do vidro que proteje um determinado santo da mesma forma que se faz no Muro das Lamentações em Jerusalém. Gostaria de comunicar tal fato a professora Anita mas ainda não tive oportunidade. É bom lembrar que a população de NY é fortemente nordestina.
Abraços
Alfredo
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